quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

A religião, Deus e o fim de ambos...

Esse texto é um tanto presunçoso, mas vamos lá.
Schopenhauer disse que somente o homem dentre todos os animais tem a certeza da morte. Mas para essa certeza aterradora, a natureza lhe deu um antídoto que é a razão. E o que a razão criou? A religião, o conforto para a certeza da morte. Acredito que todas as religiões tragam algum elemento relativo à vida após a morte e essa imortalidade é reconfortante, torna a vida um fardo mais suportável. Acontece que com o passar do tempo, a religião passou a doutrinar a vida das pessoas, suplantou todas as outras religiões "naturais"(aquelas que reverenciam a natureza), se unindo à ética(no sentido original da palavra) e dessa forma, passou a reger os caminhos da sociedade. Nesse momento ela passou a ser um incômodo e algumas pessoas passaram a se perguntar se viveriam sem Deus, pois em vez de trazer o conforto, ele estava tolhendo a sua liberdade de escolha e proibindo a sua liberdade de sentir prazer, despertando assim, a ira de muitos gênios, como os filósofos niilistas. Portanto, a questão deveria ser: "Será que o homem conseguiria viver sem as religiões dogmáticas e/ou doutrinadoras?". Essa pergunta tem resposta muito fácil, claro que sim. Quanto a viver sem Deus, só quando o homem conseguir superar a "causa motriz não causada": o medo da morte. Isso é conseguir olhar pra um ladrão armado e não tremer, pois a morte(por mais prematura que seja) não o assusta, é não evocar ninguém, nem se desesperar quando ela for inévitável, é aceitar com serenidade a sua existência e nela ver apenas mais um processo natural, tão natural como o nascer. Se alguém conseguir, realmente essa pessoa vive sem Deus. Palmas para ela. Para finalizar, recomendo a leitura do livro "O admirável mundo novo" de Aldous Huxley que aborda de maneira muito interessante essa questão da morte e da religião.

ps.: achei esse texto num blog antigo que eu editava e vou republicar o resto...

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